All Star Grocery (Mercearia)

All Star Grocery é o lugar preferido para compras rápidas e/ou urgentes de muitos moradores de alguns bairros próximos, tanto pela localização central (referente à bairros residenciais), quanto pelo ambiente mais familiar que nos supermercados.
Em seu interior, os funcionários são normalmente jovens que moram próximo e o dono é bem conhecido por ali como alguém humilde e de boa índole. A música ambiente que toca quase sempre é de bandas de Austin.

(explore pelo google maps: http://bit.ly/1Herc4x)

Karl escutava um jazz de alguma banda local à medida que percorria a seção de frios, desfrutando do prazer de engajar-se em resolver problemas da rotina humana. O que haveria de ser a dificuldade de escolher um jantar para a sua querida filha se comparado as dificuldades de uma vida dedicada à Gaia? Precisaria apenas obedecer algumas restrições como: Originalidade (lasanha pronta novamente não cairia bem), rapidez (Karl foi avisado de que precisaria estar no Caern à noite), e claro, saúde (os garou que já galgaram algum degrau hierárquico afirmam que qualquer tipo de produto industrializado faz parte das manobras da PENTEX).

Após sentir duas fortes puxadas na sua calça, na altura do bolso, instintivamente Karl dirige o olhar para a sua doce filha, que sorrindo aponta para um freezer enquanto diz: - Eu quero sorvete, pai!


Uma mulher que passava carregando uma cesta abarrotada, flagra a cena sorridente: - Que fofa! Deixa escapar, sem deter a caminhada.

OFF: - Teste Percepção + Empatia - Dif:6

Karl percebe que estava imerso em seus pensamentos, quando a pergunta de Laura trouxe à tona a simplicidade infantil. Ele olha para a mulher que passara e sorri. Depois desvia o olhar para a sua filha sorrindo e prontamente consentindo: "Claro, meu amor".
O rapaz logo se vê imerso em suas análises novamente, enquanto olha a área em que se dispõem diversos sorvetes, embora claramente com opções mais limitadas que os grandes mercados. *Logo sorvete... Tenho que ver o que é 'menos' maculado aqui e decidir o jantar rapidamente*

Nos freezeres, grandes marcas como a Häagen-Dazs e Wall's se mostram imponentes, cheias de estilo e cores chamativas, apresentando uma maior variedade de sabores. Os olhos experientes de Karl visam marcas menos conhecidas ou de confecção mais próxima de onde se encontravam, seu raciocínio (falho ou não) é de que seriam menos maculadas. Tão logo encontra o que procura, acrescenta em sua cesta, ainda vazia.
Karl dá a mão a Laura e continua a caminhar pelo local. A passagem pelo setor de congelados, enquanto já estava quase rendido pela não-originalidade, lhe dá uma nova ideia e o rapaz pega um pacote contendo filé de frango congelado. *Agora é só complementar com uma salada pronta...*
Julgando estar fazendo o melhor que pode, dentro de suas possibilidades, e, imaginando que seu primo Igor não iria comer nada daquilo e provavelmente compraria algo mais "apetitoso", pega uma salada já pronta - o que ele julgou excelente, pois não conseguiria fatiar e misturar em proporções certas (ao menos era o que lhe parecia) tão perfeitamente quanto a opção que se mostrava ali em sua frente. *Fantástico!* Se deu por satisfeito, enquanto dava mais uma andada pelo local, antes de ir ao caixa.

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Obs: o teste resultou em 4 sucessos.
2015-06-25 00:25:49 Karl Dimitriev rolls 7 dice to Per+Emp 2,9,4,9,10, 2,7 [4 successes]

Sem saber exatamente o porquê, Karl direcionou o olhar para um outro freezer não muito longe de onde sua filha se debruçava enquanto ajudava na escolha do sabor do sorvete. Era daqueles tipos de movimento que só sabemos explicar depois que o fazemos, justamente por isso que, ao observar uma figura misteriosa encarando-o de forma enigmática é que pôde ser capaz de entender o que havia chamado sua atenção para aquele movimento quase involuntário.

O observador trazia os olhos semicerrados, desconfiados, porém a postura era relaxada. Sua boca lubrificada com saliva deformava-se em certo ponto, donde surgia uma curiosa protuberância. Podia ser tanto uma mania esquisita de pôr algodão no interior da boca, quanto uma real deformidade, fosse como fosse, o homem observava Karl descuidadamente, sem o interesse de ocultar sua ação.

Karl fita o homem nos olhos, com tranquilidade. Seja qual forem as dúvidas que ainda se escondem por trás daqueles olhos, denotando a aparente desconfiança, não gostaria de dar a certeza ali, não naquele momento, naquele local. E sempre havia a possibilidade de interpretar erroneamente algo e acabar agindo por paranoia. O comedido philodox pega o sorvete escolhido.
Naturalidade era do que ele precisava. *Hum... não posso nem fitá-lo por tempo demais, nem desviar e caminhar no sentido contrário... aja naturalmente Karl... naturalmente*.
Karl olha para a face do homem, aperta parcialmente a visão de um dos olhos, franzindo a sobrancelha - como se denotasse uma tentativa de recordação de quem fosse o indivíduo, e depois sacode levemente a cabeça, como se concluísse que não realmente não o conhece. Dá a mão à Laura e observa o setor de congelados, onde terminaria de comprar os produtos que usaria no jantar. Olha para sua pequenina, tentando avaliar seu grau de satisfação com a escolha anterior e depois prossegue:
- Vem, filha.
Vai caminhando até os congelados com a filha, para comprar os produtos que havia decidido.
Não se sentia tranquilo nem confortável nesta situação, mas devia prezar por muita coisa, especialmente pela integridade de sua filha.

Caso Karl procure novamente pelo estranho, ele já terá sumido quase como nos filmes. Sem que se tenha escutado os seus passos apressados saindo dali, ou qualquer outro sinal.

Quando se dá conta de que perdeu quase instantaneamente o estranho homem de vista, Karl sente um peso na barriga e seu coração começa a palpitar mais aceleradamente.
Ele tenta esconder e ignorar a sensação, que, por sorte, na medida em que sua atenção vai se voltando às compras que tem que fazer e à lembrança de que possui compromissos ainda naquele dia, passa gradualmente até o retorno à normalidade. Percebe que durante esse pequeno período de tensão, até a música do ambiente desaparecera quase por completo. Naquele momento podia notar que tocava uma música que lembrou um de seus primeiros dias na cidade, quando Igor o levou até o Elephant Room - um bar com estilo semelhante a um pub, onde muitas bandas de jazz costumavam se apresentar ao vivo. Naquele dia em específico havia pensado na guinada que sua vida começava a dar e no fato de que pela sua frente haveria muitas escolhas, perguntas e oportunidades. Um mundo praticamente novo. Era uma boa lembrança... Hoje, já se sentia um pouco mais integrado a esse "mundo".
Encaminha-se ao caixa, com as compras já decididas: sorvete, frango e salada. Paga com uma parte do dinheiro que retirara mais cedo neste mesmo dia.
Deixa a All Star Grocery, iniciando com Laura sua habitual caminhada para casa (típica de todos os dias em que Igor chega em casa cansado e Karl evita ligar pedindo carona quando está em algum lugar próximo). Sente radicalmente a mudança de um ambiente ao outro, quando o vento externo toca seu corpo e o som do jazz local vai se fazendo mais distante.