Canella Dr - Residência Noah

Noah-Narração

Noah ouve as palavras da garota e diz em um tom um pouco apreensivo:

-Você não ouve o que você vê?

Então acompanhou com os olhos Júlia se abaixar e pegar a tábua, assim que ela lhe mostra, Noah olha de forma um tanto incrédula diante das palavras dela enquanto pensa:

"É serio isso?"

Então sorriu um tanto nervoso e dizendo:

-Então ta né...

-Não tenho muito certeza disso, mas se você ta falando, vamos tentar...

-O máximo que vai acontecer é eu ter certeza que você quer me assustar...

Noah então olhou para a tábua e apontou para a mesma dizendo:

-O que temos que fazer com isso?

Então aguardou a resposta de Júlia enquanto enxugava as mãos suadas em sua calça.

Ela sorri de canto ante a pergunta do amigo, colocando a tábua e suas peças no chão enquanto explica: - Eu os ouço. Mas só entendo um... Esse outro que está com você não entendo a língua. Na sequência, a menina se põe ao lado de Noah, segura sua mão e se senta, puxando-o também para baixo.

As dobradiças da porta denunciam que ela se movimentava no sentido de se fechar, como se tivesse vontade própria, já que o vento havia cessado: - É muito simples. A gente só precisa fechar os olhos... Ela então os fecha primeiro: - Nos concentrar no presente, na pergunta que desejamos fazer e aí... Perguntar...

Noah-Narração

Noah se sente cada vez mais deslocado, ao mesmo tempo que sua curiosidade se aguça ante a todo aquele mistério que Júlia lhe coloca. Quando ela toca a mão de Noah, podia senti-las suadas como de alguém que estava passando certo nervosismo perante aquilo tudo. Se sentando ele apenas diz:

-Hum... Entendi...

O Jovem retira seu casaco devido o calor que sentia devido a tensão, enquanto volta seu olhar assustado para a porta quando ouve o ranger das dobradiças, a saliva era engolida de forma seca e o garoto balançou a cabeça quase instintivamente demonstrando que entendeu. Noah por várias vezes pensou em sair por aquela porta e fugir daquilo, porém algo atraia sua curiosidade o fazendo ficar ali, na verdade o garoto queria ver onde tudo aquilo ia dar:

-Humm.... Assim? *Falou enquanto fechava os olhos, imitando sua amiga.*

Respirou fundo então a indagou quase em um sussurro devido toda aquela tensão que aquele momento estava lhe trazendo:

-E agora?...

Em um momento de incerteza ele disse no mesmo tom de sussurro:

-Pergunta o que ele quer comigo.

Então aguardou se concentrando, tentando não demonstrar o medo que sentia em ouvir de fato uma resposta.

O  que estava por vir, certamente mexeria com a sanidade do jovem Noah e talvez, algum aspecto da personalidade dele nunca mais viesse a ser o mesmo. Na medida em que começava a se sentir nauseado e também algo fora da realidade, como se tivesse perdido o chão onde estava sentado, experimentava uma sensação de vulnerabilidade, visto que aquele estado alterado da sua mente ou espírito (não saberia dizer) havia sido iniciado contra sua vontade, diferente de alguém que se entorpece por uso de drogas.

Nesse momento, a peça solta do tabuleiro se move, emitindo um baixo e agudo som de atrito. Noah não sabia precisar quanto tempo havia se passado desde sua pergunta até aquele momento, talvez minutos, estava perdido. A peça apontou para a letra "A" depois "J", em seguida "U", "D","A","R". Então, Júlia riu, e Noah sentiu como se aquela risada invadisse sua mente e não terminasse nunca.

- Você parece... Fora do ar. Ela disse, como se estivesse a metros de distância. Em seguida, insistentes batidas na porta fazem Noah querer "acordar", mas não consegue. Era a mãe de Júlia, que gritava algo do lado de fora que o jovem não podia entender.

A peça se moveu novamente, fazendo o mesmo barulho, porém, agora o recado era maior: "SUA MÃE EM PERIGO. HAHA"

Noah-Narração

A medida que a tensão aumentava, a respiração de Noah se ritmizava com as batidas aceleradas do seu coração, seus sentidos foram entorpecidos pelo mistério do momento, o silêncio da sua mente fazia o jovem ouvir seu próprio batimento cardíaco e Júlia podia começar a ver gotículas de suor se formarem na testa de Noah.

Noah voltou seu olhar para a janela e a claridade que passava pela mesma fazia parecia muito mais forte que o normal, a respiração do garoto ficou pesada, enquanto um calafrio fazia o garoto se arrepiar ao som da peça se movendo. O jovem pousava seu olhar lentamente para o tabuleiro, seu corpo parecia um tanto mais pesado que o normal, viu a palavra "AJUDAR" se formar e em um sussurro com palavras tropegas disse:

-Aju..dar...Q..uem...

A risada de Júlia ecoou na mente de Noah, como se eles estivessem em uma cadeia montanhosa, ecoando várias vezes até que a mesma falou que ele parecia fora do ar. As palavras da menina se repetiram no mesmo eco várias vezes na cabeça de Noah, enquanto ao fundo o som abafado insistente das batidas faziam o garoto olhar para a porta, sua visão estava abafada e aos poucos Noah se sentia sufocar, ele tentava acordar daquilo, se mover porém seu corpo estava pesado, como se naquele momento, ele tivesse se tornado uma enorme âncora para aquele espírito.

Voltou seu olhar para o tabuleiro quando ele retornou a fazer o barulho que agora para Noah era quase ensurdecedor e com a voz cansada ele leu a frase que se formou:

-Sua...Mãe...EM..Perigo...

-HA..HA..

Noah ainda tentava recuperar seus sentidos quanto pensou:

"Minha mãe em perigo??"

O jovem arregalou os olhos apos pensar aquilo, seus dentes trincaram e em um esforço descomunal, Noah tentava recobrar seus sentidos para sair daquele estado, seja o que aquilo fosse, o jovem jamais havia experimentado e por mais que parecesse tolo dar atenção para aquele recado, o Jovem ainda sim temeu por sua mãe. Noah então rangeu os dentes empregando sua vontade para sair daquele transe que havia encontrado, ele precisava ir até sua mãe.

OFF:

Gastarei um ponto de força de vontade, representando o esforço de Noah para sair da situação que está, para poder ir até sua mãe.

Quando deu por si, havia soltado a mão de Júlia, que o fitava com o mesmo olhar meigo e adoecido de outrora enquanto a peça do tabuleiro parecia desacelerar de um movimento giratório, como se alguém tivesse-a feito rodar.

Finalmente a porta se abre e a mãe de Júlia entra num rompante agressivo, encarando os jovens separadamente como quem decide por onde começar. Ela segura sua filha e a põe na cama com truculência e, na sequência, segura os ombros de Noah, tentando controlar os impulsos agressivos: - É hora de você ir pra sua casa!!! Já temos problemas demais para vocês... Ela começava a guiar o jovem para fora do quarto, quando notou o tabuleiro: - MAS... ISSO DE NOVO???? FOI VOCÊ??? Ela pergunta para Noah enquanto ele podia notar sua face se avermelhando e o semblante se contorcendo.

Noah-Narração

Noah por fim acordava daquele transe, que fora quase um pesadelo, estava suado e assim que despertou daquele estado sentiu náuseas, na qual teve de se concentrar para não colocar o que tinha comido no café da manhã para fora.

Levou um susto quando a mãe de Júlia entrou em um rompante agressivo, quando a mesma pega Júlia com agressividade, Noah se levanta assustado e quando a mãe de Júlia o segura pelo ombro, os olhos do Jovem se arregala para a Senhora e assim que a mesma o ordena para ir para casa, Noah pega suas coisas que estavam no chão em meio aos empurrões.

Noah olhou para a Mãe de Júlia quando ela o endagou, vendo seu rosto começar um rompante de fúria, o Jovem apenas respondeu enquanto já se esquivou da mãe de Júlia:

-Foi tia ela não teve culpa, eu que pedi pra ela!

Noah saiu correndo pelo corredor, indo em direção as escadas enquanto gritou:

-Tenho de ver minha mãe!

Então o jovem se dirigiu correndo para saída da casa, desceu pelas escadas apressadamente buscando ir em direção a porta, afim de abri-la e ganhar novamente as ruas. Caso conseguisse, jogaria seu Skate no chão e seguiria o mais rápido possível, remando com o pé para que seu Skate ganhasse velocidade, para chegar rapidamente em casa.


OFF

Caso necessite de algum teste para se desvencilhar da mãe de Júlia para sair da casa, eu o farei, é só a narração indicar qual.

Na certeza de que havia deixado uma péssima impressão na família de Júlia, Noah escapa de maiores sermões ou constrangimentos alcançando as ruas com a destreza de um jovem desenvolto.
Mas, quando começou a cortar as ruas apressadamente em cima do seu Skate...

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OFF:
Percepção + Prontidão, dif 5.

Noah-Narração

Noah seguia cortando as ruas apressadamente, a certeza que tinha deixado uma má impressão era certa em sua cabeça, porém, a unica coisa que pensava agora era chegar em casa rapidamente.

Enquanto remava com pé vez ou outra para manter a velocidade o Jovem pensava:

"Espero que esteja tudo bem..."

OFF

Result
2016-01-05 16:28:10 Noah rolls 4 dice to Percep+Pront (Diff 5) 10,4,6,8 [3 successes]

O garoto não saberia dizer ao certo de onde aquilo havia saído, talvez de trás de uma árvore, ou estivesse perto de si desde que chegara às ruas e apenas não havia notado devido à pressa, mas o fato era que como se surgisse do nada, a vizinha bocuda saltou do meio-fio com a agilidade de uma leoa enquanto esticava uma das as mãos inchadas no sentido de alcança-lo, fazendo a pelanca do braço sacolejar como pele morta: - ESPERA AÍÍÍ... Gritava, recorrendo ao fôlego em seguida, para então continuar: - COMO A JULINHA ESTÁÁÁÁ?

Os seios fartos da gorda saltavam dentro do vestido rosa floral enquanto ainda tentava alcançar o jovem Noah, como se sua vida dependesse daquilo.

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OFF:
Teste Destreza + Esquiva, dif 6 (pelo menos 2 sucessos) caso queira evita-la.

Noah-Narração

Noah é surpreendido pela vizinha gigantesca de boca grande, ele arregala os olhos e se abaixa rapidamente por puro reflexo, esquivando por pouco da mulher, passando por baixo de seus braços, foi inevitável não exclamar durante sua esquiva:

-MAS QUE PORRA É ESSA?!!!

O Garoto olhava para trás de cara feia enquanto remava tomando distância da mulher enquanto pensava:

"Que que foi isso, que essa demente fez, quase me joga no chão"

Então voltou seu olhar para frente, ainda seguindo pelas ruas, enquanto ignorava os berros da mulher e pensava:

"Só me faltava essa linguaruda mesmo..."

Noah então seguia seu caminho, em direção a sua casa, desta vez se mantendo mais atento, para não ser surpreendido por nenhum vizinho ensandecido.

OFF:

2016-01-05 17:10:39 Noah rolls 7 dice to Esquiva da obesa 5,3,1,3,7, 8,8 [2 successes] UFA!

- BOCA SUJA! Gritou ela, com semblante de frustração estampado.

Não demora muito para o jovem entrar em casa e notar sua mãe guardando o peixe pro almoço na geladeira, interrompendo uma música que cantarolava assim que o nota: - Até que enfim, né? Posso saber o porque da demora?

Parecia tudo em perfeita ordem.

Noah-Narração

Noah deu de ombros para as palavras da mulher, seguindo para sua casa, assim que chegou a frente de sua residência, o jovem saltou para a calçada com o Skate deu duas remadas com pé e assim que chegou próximo os degraus da pequena varanda da sua casa, saltou o mesmo pisando no skate e o pegando com a mão.

...

De forma atrapalhada, pegou suas chaves abrindo a porta da frente, entrou jogando todas as suas coisas no chão e foi em direção da cozinha onde estava sua mãe.

...

Assim que a viu, correu em sua direção e a abraçou a cintura, respirando ofegante enquanto ouvia as palavras de sua mãe, enquanto pensava:

"Ainda bem que não aconteceu nada, foi só um susto..."

Noah abraçava forte a cintura de sua mãe e respondeu com uma voz ofegante:

-Desculpa mãe...

-Eu fui brincar com a Júlia..E...

Noah se calou enquanto escondia o rosto o colocando contra a barriga de sua mãe e dizendo:

-Deixa pra lá..

-Ainda bem que você ta bem mãe!

O jovem então permaneceu com no abraço com sua mãe.

- Meu amor... Parecia sensibilizada após o abraço apertado: - que houve? Tá tudo bem? Sua mãe acariciava-lhe os cabelos e também as costas com desvelado amor. A ponta dos seus dedos tocavam Noah como só ela sabia, fazendo-o de imediato sentir conforto e até segurança, especialmente depois dos últimos momentos.
É quando o celular vibra no balcão e ela detém os carinhos, fitando o aparelho um tanto descontente: - Preciso atender, amor... É do hospital. Pode ser uma emergência... Já volto pra você me contar o que houve... Desvencilhava-se assim carinhosamente do abraço de seu filho.

Noah-Narração

Noah manteve o abraço apertado, estar ali sentindo sua mãe era algo impagável naquele momento e quando indago por ela, o jovem somente disse em uma voz tremula de quase um choro:

-Nada mãe....

-Só tive um pressentimento ruim!

Recebia o carinho de sua mãe, como um gato que recebia o afago de seu dono, logo todo amor vindo do toque de sua mãe, lhe enchia de conforto e fazia Noah suspirar aliviado.

...

Quando o telefone toca e sua mãe detém os carinhos se desvencilhando de si, Noah segurava a blusa de sua mãe como uma criança pequena dizendo:

-Não mãe, não vai trabalhar não!

O olhar de preocupação estava estampado nos olhos de Noah e aquela voz que sussurrou que sua mãe precisava de ajuda, veio em sua mente como a lembrança de um pesadelo.

Sua mãe sorriu, entendendo a ansiedade do filho embora não compreendesse o motivo, mas mesmo assim deslizou o dedo pela tela do aparelho e levou-o ao ouvido: - Alô... falou para em seguida emudecer, como quem ouve instruções: - Ahan... NOSSA! O espanto então se tornou visível na face da mãe de Noah, que passou a andar pela casa de forma apressada enquanto ainda falava no aparelho.

Noah podia notar que ela procurava coisas que julgava importantes, jogava numa bolsa como se ela estivesse se preparando para sair.

Noah-Narração

Noah observou sua mãe ao telefone, com um olhar curioso, ao ver sua expressão de espanto o jovem ficou ainda mais alarmado dizendo:

-Que foi mãe?

Quando ela começava a juntar suas coisas, o jovem ficava ainda mais insistente com suas indagações e pedidos:

-Que foi mãe? O que aconteceu?

Noah se aproxima de sua mãe, a abraçando pela cintura, como a criança que era e insistia em seu pedido em tom de quase choro:

-Não vai não mãe, por favor!

O jovem sabia das responsabilidades de sua mãe, que era mãe solteira e necessitava daquele trabalho para pagar suas contas, que já eram difíceis para ela pagar mesmo com o trabalho. Porém, ainda estava assustado com o que aconteceu na casa de Júlia e não queria deixar sua mãe ir, devido sua preocupação.

- Ta bom... Já chego ai. Tchau. Encerrava assim a ligação, dando uma pequena pausa na correria para acariciar mais uma vez o pequeno Noah, antes de separar-se do abraço para então ajoelhar diate do filho: - Amor, uma coisa muito ruim aconteceu hoje. O chefe da enfermaria... atacou uma enfermeira, ele havia desaparecido há dias... enfim. Eu preciso ir, e você tem que me prometer que vai se comportar e não sair de casa, tá bom?

Noah-Narração

Noah ouvia sua mãe, parecia que ela estava determinada a ir mesmo após seu pedido, como era apenas uma criança o jovem apenas torceu o nariz em uma careta de quem era contrariado.

-Mas mããããeee!!!_Falou contrariado_

Ouviu então sobre o chefe da enfermaria e Noah arregalou os olhos com espanto dizendo incrédulo:

-Como assim, ele atacou?

-Mas e se ele te atacar também mãe!

Noah estava preocupado demais, porém, sentia-se vencido perante a situação, apenas dizendo de maneira contrariada:

-Ta bom mãe...

O jovem então se sentou na mesa, com os olhos marejados, enquanto olhava para sua mãe e pensava:

"Depois que ela sair eu sigo ela pra ver se vai estar tudo bem..."_Pensou_

Ela segura o rostinho do filho, com as mãos macias e gentis, beijando sua fronte amorosamente: - Vai ficar tudo bem, meu amor. Ele já foi preso, só estão precisando de mim para ocupar o lugar dos que foram desfalcados no quadro de funcionários. Parecia esforçar-se para parecer tranquila, sorrindo demoradamente até levantar-se e buscar a bolsa.

- Bom, vou indo. Caminhava para a porta com a bolsa, apontando em seguida para a geladeira: - O peixe está na geladeira. Sorriu outra vez, com amor nos olhos e, se foi.

Noah-Narração

Noah recebeu o beijo de sua mãe em sua fonte enquanto fechava os olhos, então acendeu com a cabeça e disse:

-Tudo bem mãe...

Quando a mesma se despediu, o jovem acenou para sua mãe, a respondendo:

-Tchau mãe!

-Cuidado lá por favor!

-Bom trabalho.

Seguiu ela até a porta e a observou entrar em seu velho carro popular e ir embora.

...

Noah então imediatamente entrou para dentro da casa, pegando a mochila que estava no chão, foi até o armário da cozinha pegou alguns pacotes de biscoito e jogou dentro da mochila enquanto pensava:

"Não tenho nada pra fazer dentro de casa hoje, não custa eu ir dar uma passadinha perto do hospital da minha mãe, ela não vai gostar muito, mas não vou ficar aqui agoniado esperando a sorte."

O jovem jogava sua mochila nas costas, pegava seu celular, seu Skate e suas chaves, trancou toda a casa e então se preparou para seguir pelas ruas, sabia que era longe o hospital que ela trabalhava, porém, iria de skate até uma boa parte do caminho e depois pegaria um ônibus, para que pudesse chegar ao destino. Desta maneira, também evitaria dar de cara com sua mãe no caminho.

Noah-Narração

Finalmente Noah chegara em seu bairro, entre uma remada e outra a imagem daquele homem lhe vinha na cabeça. Apesar de aparentemente não ter feito nada, o jovem de fato sentiu aversão por aquele homem. Então pensava:

"Caraca vei, que será que aquela cara tava tendo, não é normal aquele monte de verme saindo da boca dele.."

Noah então deu de ombros, parando o Skate a frente de sua casa, subindo na calçada e se sentando sobre o shape do skate, enquanto observava as ruas, dizia quase em um sussurro pra si:

-Acho que minha mãe vai ficar bem..

Viu então, após achar que descansaria, ao longe, um trio que chamava a sua atenção. Tratava-se de um homem com uma câmera de filmagem profissional, uma moça de boa aparência que parecia uma repórter e sua vizinha bocuda, a provável entrevistada. Esta última, trajava-se com uma roupa diferente da que Noah tinha lhe visto pela última vez.

Poucos segundos depois de ter percebido a conversa, a sua vizinha apontou para a direção de Noah tendo como resposta da repórter, um sinal de: "Vamos lá" para o camera-man. O trio passou a se encaminhar a passos largos para onde o jovem se encontrava: - Hey, pode nos dar uma entrevista rápida? A bela mulher tinha um sorriso simpático apesar de parecer um pouco afobada.

Noah-Narração

*Noah estava sentado enquanto observava a rua, amarrava o seu tênis quando fitou aquela vizinha gorda bocuda, junto de mais duas pessoas, quando a mesma aponta em sua direção, o garoto já passa a mão na testa enquanto resmungava:*

-Meu Deus...Essa gorda não tem o que fazer na casa dela não?

*Noah nem teve tempo de pensar, para que o trio já estivesse próximo e a repórter lhe indagou, o garoto ergueu as sobrancelhas sem entender, passou as duas mãos no rosto demonstrando insatisfação com a situação dizendo:*

-Entrevista, EU?

-Desculpe moça, mas não tenho nada pra falar com a senhora.

*Então apontou para a Vizinha gorda e resmungou:*

-Se essa ai não sabe o que você quer saber aqui da vizinhança.

-Ninguém mais sabe!

*Noah então abaixou e pegou seu Skate, para se desvencilhar daquelas pessoas, indo em direção a sua casa.*

- Você não é amigo da Júlia? Não quer ajudar ela? Argumentava habilmente, parando apenas para cochichar algo com o companheiro, que tratou de ligar imediatamente a câmera e aponta-la para Noah. Na sequência, a bela repórter continua: - O Caso da sua amiga se destaca por um tipo de epidemia com os mesmos sintomas esquizoides. Se você falar como se sente a respeito, talvez as autoridades investiguem...